Se há coisa boa que nos aconteceu desde que a Ana nasceu, foi não ter havido trabalho. Não há dinheiro, é verdade… mas aquilo que acabamos por oferecer à nossa filha é o melhor do mundo. O mundo. Uma mãe a criar e a trabalhar à frente da filha (outra coisa das boas, no desespero de não haver trabalho!!!) . Um pai à mão e ao pé. Fazer temporadas no Algarve em casa dos avós em tempo de escola. Descobrir que é muito melhor crescer sem escola.
O nosso dia-a-dia não costuma ser tão estimulante e fascinante como nos últimos dias no Vale da Telha (nem eu tenho tanta disponibilidade para blogar e mostrar o que aqui vai). Mas temos sempre a oportunidade de qualquer dia poder ser um dia mágico. Não é todos os dias… por isso mesmo, estamos a aproveitar cada dia por estas paragens.
Hoje fomos ver o que é isso do “avô ir à pesca!”. “Vamos lá ver onde é que ele se meteu e o que está, afinal, a fazer?”. “Está a pescar, mãe?”. “Está… mas não digas ao pai que viemos ver o avô a pescar, que ele apanha logo o primeiro avião para te vir tirar dos penhascos!”
“Mãe, tanto vento!”. Tanto vento! Tanta pedra! Tanto Sol! Tanta água!! …. Está bem! A Ana só tem 2 anos e não vamos ter uma conversa sobre os quatro elementos! E, se calhar…
Hoje a pesca não deu nada… que o mar estava bravo e nem um peixinho deu a Pedro.
Se não há problemas e desvantagens nesta vida? Há, e muitas vezes angustiantes… mas … não falemos sobre isso… a paisagem apaga tudo.